POR NELSON JR.
Lucas 9:10-12 - "E sucedeu que, Ele estando em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médicos, e sim os doentes."
Fui questionado esta semana por alguns conhecidos meus do porque não passei a noite de Natal com meus parentes (mãe, irmãos, cunhados etc). Bom, nossa vida é feita de escolhas e essa decisão não poderia deixar de estar entre essas escolhas. Tive de levar em conta muitas variáveis para tomar uma decisão como minhas vontades, as vontades da minha esposa, uma imposição da sociedade, enfim, muitas variáveis, mas depois de muito negociar, ficou decidido que passaríamos a meia-noite do dia 24 para 25 de dezembro junto com o pessoal da Missão SAL. Foi muito divertido poder conversar e passar um tempo especial com o pessoal da Missão. Com direito a uma mensagem de Natal, uma mesa farta de alimentos e doces como sobremesas e com bastante alegria e risadas, piadas e lembranças de dias com trabalhos pesados, mas que tudo valeu a pena.
Os dias que antecederam a noite de Natal foram muito corridos para a Missão, pois foi feito um almoço para os moradores de rua na praça do Carmo, no centro de Santo André, um acampamento com os travestis de 2 dias, um almoço com as prostitutas e um dia todo dedicado as crianças da favela do Cigano, em Santo André, sem contar a distribuição das cestas básicas para as famílias da mesma favela. Tudo feito como estratégia de evangelismo a fim de se aproximar e poder falar do amor de Deus por todos. Antes que perguntem, essa aproximação surte muito efeito e dá gosto de ver os rostinhos de todos quando passamos alguma mensagem bíblica, seja no contexto que for. Vemos lágrimas nos olhos das pessoas que denotam um sentimento de "quero mais" dessas mesmas pessoas que a sociedade antiga chamaria de publicanos e pecadores e que a sociedade atual chama de "marginais". Literalmente sentamos a mesa com eles e comemos do mesmo prato, um do lado do outro, conversando, rindo, comendo, orando, chorando etc...
Mas vamos falar dos parentes. Eu os vejo semana sim, semana não. Quando bate a saudade, posso pegar o telefone quando quiser e ligar para eles e dizer "eu te amo" (o que acontece bastante). Eles têm uma vida digna como Deus deseja para eles, bem como eu, temos uma mesa farta e uma vida cheia de afeto o ano todo. Está ao meu alcance e ao alcance deles o nosso contato contínuo. Mas isso não acontece com os "publicanos e pecadores marginais" que vivem nas ruas ou mesmo aqueles que temporariamente escolhem tentar uma vida diferente na Missão SAL. Por menor que seja o afeto desenvolvido durante o pouco contato com eles, de um jeito ou de outro, seja pelas atitudes, seja pelos momentos de oração e devocional ou, por simplesmente, ouvir suas histórias bíblicas que contamos, com toda a certeza é passado para eles uma parte do amor de Cristo. E isso já ficou comprovado pelo que ouvimos deles mesmos, dos mesmos que passaram pela nossa casa. Não são e não estão do mesmo jeito que entraram. Alguma coisa levam consigo. Alguma coisa mudou. Eles bebram da água do Espírito e uma uma semente foi plantada.
Não será um Natal (ou dois), ou um dia não jantando com meus parentes que medirá meu amor por eles e sim o decorrer de um ano todo, mas para aqueles que não tem parente para poder patilhar um amor contínuo durante o ano, um jantar em um dia especial como o Natal, que lembra do nascimento de Cristo, pura demonstração do amor de Deus pelo mundo, pode fazer uma enorme diferença. Saber que é amado por alguém e que esse alguém não quer nada em troca e ainda diz que faz porque alguém fez por eles é algo que tira o chão. Eu sei do que estou falando. Amém.
Nelson Jr.
Lucas 9:10-12 - "E sucedeu que, Ele estando em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médicos, e sim os doentes."
Fui questionado esta semana por alguns conhecidos meus do porque não passei a noite de Natal com meus parentes (mãe, irmãos, cunhados etc). Bom, nossa vida é feita de escolhas e essa decisão não poderia deixar de estar entre essas escolhas. Tive de levar em conta muitas variáveis para tomar uma decisão como minhas vontades, as vontades da minha esposa, uma imposição da sociedade, enfim, muitas variáveis, mas depois de muito negociar, ficou decidido que passaríamos a meia-noite do dia 24 para 25 de dezembro junto com o pessoal da Missão SAL. Foi muito divertido poder conversar e passar um tempo especial com o pessoal da Missão. Com direito a uma mensagem de Natal, uma mesa farta de alimentos e doces como sobremesas e com bastante alegria e risadas, piadas e lembranças de dias com trabalhos pesados, mas que tudo valeu a pena.
Os dias que antecederam a noite de Natal foram muito corridos para a Missão, pois foi feito um almoço para os moradores de rua na praça do Carmo, no centro de Santo André, um acampamento com os travestis de 2 dias, um almoço com as prostitutas e um dia todo dedicado as crianças da favela do Cigano, em Santo André, sem contar a distribuição das cestas básicas para as famílias da mesma favela. Tudo feito como estratégia de evangelismo a fim de se aproximar e poder falar do amor de Deus por todos. Antes que perguntem, essa aproximação surte muito efeito e dá gosto de ver os rostinhos de todos quando passamos alguma mensagem bíblica, seja no contexto que for. Vemos lágrimas nos olhos das pessoas que denotam um sentimento de "quero mais" dessas mesmas pessoas que a sociedade antiga chamaria de publicanos e pecadores e que a sociedade atual chama de "marginais". Literalmente sentamos a mesa com eles e comemos do mesmo prato, um do lado do outro, conversando, rindo, comendo, orando, chorando etc...
Mas vamos falar dos parentes. Eu os vejo semana sim, semana não. Quando bate a saudade, posso pegar o telefone quando quiser e ligar para eles e dizer "eu te amo" (o que acontece bastante). Eles têm uma vida digna como Deus deseja para eles, bem como eu, temos uma mesa farta e uma vida cheia de afeto o ano todo. Está ao meu alcance e ao alcance deles o nosso contato contínuo. Mas isso não acontece com os "publicanos e pecadores marginais" que vivem nas ruas ou mesmo aqueles que temporariamente escolhem tentar uma vida diferente na Missão SAL. Por menor que seja o afeto desenvolvido durante o pouco contato com eles, de um jeito ou de outro, seja pelas atitudes, seja pelos momentos de oração e devocional ou, por simplesmente, ouvir suas histórias bíblicas que contamos, com toda a certeza é passado para eles uma parte do amor de Cristo. E isso já ficou comprovado pelo que ouvimos deles mesmos, dos mesmos que passaram pela nossa casa. Não são e não estão do mesmo jeito que entraram. Alguma coisa levam consigo. Alguma coisa mudou. Eles bebram da água do Espírito e uma uma semente foi plantada.
Não será um Natal (ou dois), ou um dia não jantando com meus parentes que medirá meu amor por eles e sim o decorrer de um ano todo, mas para aqueles que não tem parente para poder patilhar um amor contínuo durante o ano, um jantar em um dia especial como o Natal, que lembra do nascimento de Cristo, pura demonstração do amor de Deus pelo mundo, pode fazer uma enorme diferença. Saber que é amado por alguém e que esse alguém não quer nada em troca e ainda diz que faz porque alguém fez por eles é algo que tira o chão. Eu sei do que estou falando. Amém.
Nelson Jr.